quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Joy Division

Por Rafael Takamoto


"...Quando a rotina corrói duramente / E as ambições são pequenas / E o ressentimento voa alto / Mas as emoções não crescerão / E vamos mudando nossos caminhos / Pegando estradas diferentes / Então, o amor, o amor vai nos separar, novamente / O amor, o amor vai nos separar, novamente..."

É impossível falar do rock inglês e não citar o trecho acima. Uma banda que teve sua origem no punk, influenciado por um show dos Sex Pistols onde se conheceram, para que logo em seguida fossem considerados os precursores do gótico.

Sim, eu sei que costumo falar do cenário independente, mas hoje pensei nessa música o dia todo e achei que seria uma boa vir falar do Joy Division!!!
Como eu disse logo acima mais ou menos nos idos de 1976, Ian Curtis (o gênio da banda, também fazia as composições, letras, arranjos, cantava e tocava guitarra), conheceu Bernard Sumner (guitarra e teclado), Peter Hook (baixo) e Stephen Morris (bateria) conheceu os três rapazes durante um show histórico do Sex Pistols, aí eu imagino, o Joy Division eu considero uma ótima banda, sabendo onde se conheceram, já virou a banda perfeita.

Ok, foco, vamos lá...
Inicialmente o nome deles foi Warsaw, inspiração baseada na música de David Bowie "Warszawa", foi quando já no final de 1977 descobre-se que lá no Reino Unido já existia uma banda com o nome Warsaw Park, foi quando eles viraram o Joy Division para a grande alegria dos fãs que mais tarde se tornariam fãs-orfãos.
Porém nem tudo eram flores na vida da banda, com o sucesso iminente, também vieram as descobertas, Ian sofria de epilepsia e graves problemas conjugais (talvez isso influenciasse muito nas músicas), já no começo de 1980 é lançado o compacto "7" com Love Will Tear Us Apart o maior hit póstumo do Joy Division, que perdeu Ian alguns meses depois.
Muito se cogita sobre o suicídio de Ian, diziam até que pelo fato da banda ter o nome "Joy Division", que era o nome de uma casa de prostituição de uma série chamada The House Of Dolls (1965). O nome teve origem nos campos de concentração nazistas e serviam justamente para designar a área reservada às prostitutas. Ian Curtis cometeu suicídio em 18 de maio de 1980, um dia antes da viagem da banda para os EUA, onde fariam sua primeira turnê internacional.
O legado da banda é grande. Bandas como Franz Ferdinand, The Killers, Nine Inch Nails, Radiohead e Smashing Pumpkins são fãs do Joy e tentam manter vivo um pouco do que seu ídolo trouxe ao mundo. Mesmo que por pouco tempo, o Joy Division conquistou o mundo numa curta história de apenas três anos.
E os integrantes restantes, em seguida formaram o conhecido New Order, uma boa banda dos anos 80 que por mais sucessos que tivesse nunca alcançaria o que o Joy Division representou. Uma pena que grandes astros da música sejam tão problemáticos e acabem com suas carreiras dessa forma, Ian Curtis foi um dos gigantes do velho continente e na noite em que cometeu suicídio, ele assistiu a um de seus filmes favoritos, Stroszek, de Werner Herzog, enquanto ouvia Weeping, momentos antes de se enforcar falou por telefone com um amigo, nomeadamente membro de uma banda. Mais tarde ele se enforcou em sua cozinha, segundo se conta, ouvindo o disco The Idiot, de Iggy Pop. Os pontos de vista e as preferências de Ian Curtis continuam a gerar especulações sobre as reais razões pelas quais ele resolveu tirar a própria vida. Alguns dizem que ele simplesmente desejou morrer jovem. Mas o fato é que Ian já era conturbado em sua adolescência, com pensamentos e ideologias de contracultura, uma mente provavelmente já farta do mundo ao seu redor. Ian foi cremado e suas cinzas foram enterradas em Macclesfield, com uma lápide com a inscrição "Love Will Tear Us Apart" ("O Amor Vai Nos Separar"). Epitáfio, escolhido por sua esposa Deborah.


Rafael Takamoto
http://esquizofreniacoletiva.blogspot.com/

4 comentários:

  1. Não sou a maior fã do Joy Division, mas assisti Controle - A História de Ian Curtis e o filme mostra bem toda a complicação q era a vida do Ian Curtis. É bem interessante, de um jeito meio mórbido, mas ainda assim interessante

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  2. meio mórbido??? ate a musica mais alegre deles é triste... rs
    eu gosto do q eles representam...
    mas o q saiu deles, o new order, não acho tão bom...

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  3. Mais uma banda com final trágico, diria que até básico para o rock.
    Uma das minhas bandas favoritas. New Order nem curto tanto, falta a melancolia, genialidade (talvez) do Ian.

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  4. ahhh izah... isso falta mesmo... new order, não é nem sombra do joy division...

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