É com grande honra e um imenso pesar no coração que escrevo estas palavras para lembrar um dos maiores ícones, não somente do rock, mas da música em geral, que brilhou e encantou nos palcos com toda sua expressão cativante e seu poder nos vocais!
Considerado por muitos, tanto críticos especializados quanto votações populares, como o maior vocalista da história, Farrokh Bulsara, não é somente uma das vozes mais conhecidas do mundo, e nem tão pouco apenas uma voz bonita e marcante, Freddie Mercury vai muito além, sendo realmente uma figura formidável e inspiradora para todos nós, verdadeiro exemplo de coragem e luta.
Hoje é, com toda certeza, um dia que nos rebate a nostalgia, pois fazem exatamente 20 anos de um mundo sem as belíssimas representações de mais um de nossos heróis que sucumbiu no dia 24 de novembro de 1991...
Mesmo não estando mais fisicamente entre nós, Freddie Mercury continua sendo uma das personalidades mais marcantes da história do Rock. Deixou gravado seu nome ao lado de sua fantástica banda o Queen, através de hinos como: We Will Rock, I Want It All, Who Wants To Live Forever, We are The Champions entre outras!
E respondendo a pergunta de sua canção Freddie, Você vivera para sempre!
Estava eu hoje tomando o meu café quando me deparei com a folhinha de calendário e lá estava escrito: 22 de Novembro - dia do músico e da música. Imediatamente me lembrei de um texto bacana que li há poucos dias.
Portanto, quero hoje celebrar com todos os amigos que escrevem, lêem e participam do nosso clube, este dia que tanto alegra os nossos corações citando o companheiro Vinicius “... com o intuito de prestar uma singela homenagem a todos os músicos, mas não somente a eles, a todos os entusiastas, aos iniciantes no ramo, ou simplesmente aqueles que amam a música...” e ainda, neste espírito de celebração, transcrevo aqui o texto:
A Música na cultura de cada época
Texto extraído de Enciclopédia do Estudante - Vol 13 - Ed. Moderna
A música é a mais universal das linguagens. É universal no tempo porque desde a mais remota Antiguidade ocupou lugar preferencial em todas as culturas. E é universal no espaço porque todos os povos a utilizam.
A música, parte essencial de todas as culturas
A palavra “cultura”, etimologicamente, procede do verbo latino colere (cultivar). Significa o conjunto de modos de vida, costumes, conhecimentos, revelando as características artísticas, científicas, e tecnológicas de uma sociedade.
Uma das mais importantes manifestações da cultura é a arte, em suas diversas formas de expressão. Essas formas de expressão podem ser divididas em duas classes principais:
• As que se manifestam em um suporte físico: a pintura, a escultura, a arquitetura, o cinema, a literatura, etc.
• As que somente se manifestam quando são ouvidas: os textos orais e a música. Na musica, por exemplo, não basta a existência de uma composição escrita; ela se torna realidade expressiva apenas quando é executada ou interpretada.
A música é uma linguagem universal da cultura. Por essa razão ela é, desde o princípio da humanidade, uma expressão cultural característica da de qualquer época ou civilização. Seria inconcebível a cultura renascentista sem o italiano Palestrina, a cultura barroca sem o alemão Bach, o Classicismo sem o austríaco Mozart ou o século XX sem o rock.
Uma das afirmações mais incisivas nesse sentido foi feita pelo escritor alemão Goethe, que disse “Entre todas as coisas imagináveis elegemos a música, porque dela saem caminhos bem traçados em todas as direções”.
Hoje, 22 de novembro, é comemorado o dia do músico, que mais que uma profissão, é um prazer e uma arte admirada e idolatrada por muitos, com toda honra ao mérito! E como não poderia ser diferente, venho ao Social Rock Club com o intuito de prestar uma singela homenagem a todos os músicos, mas não somente a eles, a todos os entusiastas, aos iniciantes no ramo, ou simplesmente aqueles que amam a música! Apesar de hoje ser o dia do músico em especifico, deixo aqui uma homenagem sincera à música, que nós faz alento, emoção, alegria e até mesmo arranca lágrimas em determinados momentos! Afinal, antes mesmo do músico reger uma música, a música rege o homem! E assim, creio eu, que estarei homenageando a todos!
A música...
Em sua mais simples primazia
Reluz o ardor que rege o ser,
Faces do homem
Um artista...
Um poeta...
Um filósofo...
Um psicólogo...
Um amplo artesão...
Simplesmente uma cacofonia
Em constante mutação!
Das mais variadas lágrimas, aos sorrisos
E arrepios adornados pelos sentimentos
Até a intensidade da força que se propaga na guerra,
E toda glória de uma idéia a gorjear
Inspirador alento a faceta que promove lúgubre tormento,
Vem à tona com as mais sutis notas da canção
Exclamando, que assim como os frutos
Nascem do sustento da terra,
A primeira música surge das batidas rítmicas do coração!
Em significância com ancestral pensamento,
Não somente o músico
Pode tecer uma composição...
Mas a vida, em toda sua plenitude,
Portanto até mesmo o espírito
Fadado a um lúcido silêncio
Pode saber com a máxima indubitável
Que a música existe em si
A galgar fortes corredeiras
Pelos rios de suas veias!
Ganhando, tal compreensão
Sabe-se que a todo o momento
Esta sendo tocada uma eloquente candura de sons
Nas redomas do júbilo de profunda melodia...
A música então se exalta,
Propaga-se e proclama-se dominante...
Esquece-se do tempo
Faz do infinito seu principal e lúdico instrumento,
Vim aqui contar um pouco do The Smiths, que foi uma das grandes bandas britânicas dos anos 80. E também uma das minhas 8.999 bandas favoritas. A base do grupo era a parceria nas composições de Morrissey (vocal) e Johnny Marr (guitarra), que contava ainda com Andy Rourke (baixo) e Mike Joyce (bateria). E eles eram gigantes em seu mundo, indo do pop/rock até um som com abordagem e estilo mais gótico. Conquistou fãs pelo mundo afora e acabaria por influenciar diversas bandas pelo mundo.
Após muita luta, finalmente assinaram contrato com a gravadora independente Rough Trade Records. Lançaram seu primeiro single, "Hand in Glove", já em 1983. Esse primeiro trabalho foi muito aclamado pelo conhecido e influente DJ da rádio BBC John Peel. Porém nas histórias das bandas (acho que historicamente mais ainda as bandas inglesas), nada nunca é um mar de flores e nem tudo dura para sempre. Apesar do sucesso e de grandes hits que emplacavam e conquistavam o mundo os The Smiths se separaram em 87 devido a desentendimentos de Morrissey e Marr.
Entre os principais sucessos há muitas canções que merecem destaque. As canções "The Boy With The Thorn In His Side", "How Soon Is Now", "This Charming Man", "Ask", "Heaven Knows I'm Miserable Now", "Bigmouth Strikes Again", "Panic", "There Is a Light That Never Goes Out" deram o rumo da ascenção e queda da banda. As canções eram de arranjos simples, letras muitas vezes profundas e sempre com um tom meio mórbido dando pontapé no cenário gótico de vez (ok, já haviam outras bandas góticas, ainda falarei delas em outros posts). Ainda no início de 87, o single "Shoplifters do World Unite" foi lançado, seguido por uma segunda compilação, "The World Won't Listen" e o single "Sheila Take a Bow", o segundo da banda (e último durante a vida da banda) no Reino Unido atingir o Top 10.
E mesmo com o sucesso, as tensões surgiram dentro da banda. Johnny Marr estava beirando o alcoolismo, fez uma pausa da banda. Para logo em seguida deixar o grupo definitivamente. Ivor Perry (ex-Easterhouse) foi chamado para substituir Marr, a banda gravou material novo com ele que nunca foi concluído. Perry estava desconfortável com a situação. O quarto álbum do grupo, "Strangeways, Here We Come" foi lançado, mas a banda se separou. A tensão do relacionamento é sempre atribuída por Morrissey se irritar com o trabalho de Marr com outros artistas. E Marr sentia-se cada vez mais frustrado pela inflexibilidade musical de Morrissey. Marr odiava a obsessão de Morrissey com artistas pop dos anos 60. Após o fim do Smiths, Morrissey começou a trabalhar sua carreira solo. Johnny Marr só voltou ao cenário musical em 89, trabalhou como músico e colaborador escrevendo para artistas como The Pretenders, Bryan Ferry, Pet Shop Boys, Billy Bragg, Black Grape, Talking Heads, Crowded House e Beck. Anos depois, ainda trabalhou como músico convidado no álbum do Oasis Heathen Chemistry.
Marr e Morrissey garantem em todas as entrevistas que eles não vão reunir a banda. Mesmo assim, em 2005, a VH1 tentou obter a banda de volta para uma reunião em seu show Reunited Bands. Mas o projeto foi abandonado após sua tentativa de convencer Morrissey antes de um show. Para se ter uma idéia do grau de ódio e rancor entre Morrissey e Marr, Morrissey diz que "preferia comer seus próprios testículos a se reunir aos Smiths". Ah, mas vocês acham que por uma boa quantia de grana a situação mudaria, certo? Errado. Morrissey recusou uma oferta de £ 40.000.000 para se reunir com Marr em uma turnê mundial de 50 dias entre 2008 e 2009. E há relatos de que antes dessa oferta, Morrissey disse que trabalhou duro desde o fim do The Smiths e os outros não e que eles não eram amigos, então estariam em um palco juntos?
E desde então não param os boatos sobre o retorno da banda. Sempre desmentidos por Marr e Morrissey que não suportam ouvir falar um do outro. Infelizmente uma grande perda do cenário musical. Grandes parcerias assim são raras, mas ódio entre pessoas que pregavam, ou melhor vieram da geração de "paz e amor" chega a ser irônico, talvez sarcástico. E para a tristeza dos fãs que ficaram órfãos na época, é uma grande perda. Maior ainda para os fãs que os descobrem anos e anos depois como este colunista que contou essa trágica história.
Rafael Takamoto http://esquizofreniacoletiva.blogspot.com/
Tirei o dia hoje para escrever sobre uma das bandas que eu mais gostava do rock nacional. E é até engraçado falar de uma banda que conheço tanto e cuja história pode ser dividida em várias partes. O Capital Inicial é uma das inúmeras bandas bem sucedidas de Brasília, mas nem sempre foi assim. Após o fim do Aborto elétrico os irmãos Fe e Flavio Lemos (bateria e baixo, respectivamente), deram inicio a um projeto particular, começaram sua própria banda. Convidaram Loro Jones antigo colega de colégio para assumir as guitarras, mais tarde Dinho Ouro Preto fez um teste na banda por indicação de seu irmão Dado Villa-Lobos (o pai de Dinho e a mãe de Dado são casados e Dado é sobrinho-neto do compositor Villa Lobos), que já era guitarrista da Legião Urbana.
Estava formado o Capital Inicial, mas entre 1982 e 1985 não iam além de pequenas apresentações em São Paulo no SESC Pompéia e no Rio de Janeiro no Circo Voador, ainda nesta época a banda gravou seu primeiro EP. O compacto Descendo o Rio Nilo/Leve Desespero, porém, não era nada que chamasse a atenção por parte de mídia ou público. Mas no ano seguinte, com um empurrão dos amigos brasilienses do Paralamas do Sucesso, gravaram finalmente seu primeiro álbum e atingiram certo grau de sucesso, sendo vista como uma banda promissora em meio a tantas outras que surgiram no cenário brasileiro daquela década. “Música Urbana" virou um grande hit da banda, um dos principais até hoje, junto de “Psicopata”, Fátima” e "Veraneio Vascaína", esta na época censurada pela polícia, já que vivíamos os anos finais do regime militar.
Mesmo tendo uma boa aceitação da imprensa e público, o Capital era tido como uma banda do segundo escalão do rock brasileiro. Mas já em 1987 (apenas um ano depois), a banda lança o álbum "Independência", com músicas que não entraram no primeiro álbum, mas era consideradas boas para o segundo. Gerou certo desconforto aos fãs, já que músicas que não serviam antes, agora serviam? Pura jogada de marketing para tentar alavancar a banda de vez. Tanto é que apenas a música "Independência", que levou o título do álbum, foi sucesso. E o Capital conhece seu primeiro declínio.
E mais uma vez, apenas um ano depois, o Capital lança seu terceiro álbum, mas agora, a banda já tinha mais nome após uma boa turnê, abrindo shows do Sting no Brasil. Em 1988 é lançado "Você Não Precisa Entender", agora com Bozzo Barretti oficialmente integrando a banda nos teclados. O álbum teve grande destaque pela música "Fogo", uma boa balada que hoje virou clássico da banda. E como os produtores queriam aproveitar a crescente do Capital Inicial, entre shows e desavenças, mais um álbum. Já em 1989 "Todos os Lados", um dos melhores pela sonoridade e letras, com boa músicas como "Belos e Malditos", "Mickey Mouse em Moscou", "Todos os Lados" teve até regravação de "2001", dos Mutantes. E aproveitando o embalo dessa ascensão a banda é convidada para o Hollywood Rock em São Paulo e Rio de Janeiro.
Já nos anos 90, o rock brasileiro estava enfrentando certa dificuldade para emplacar bandas de rock, até porque o início dos anos 90 foi marcado como a época da lambada e do sertanejo. Mas ainda assim, uma carta na manga. Uma nova edição do Rock in Rio. E nesse embalo, o Capital lança já no início de 91 o álbum "Eletricidade", com "Todas as Noites", "Kamikaze" e "O Passageiro" (regravação de The Passenger do lendário Iggy Pop). Mas mesmo assim, a banda sofreu com brigas internas e Dinho Ouro Preto sai do grupo, logo depois, Bozzo Barretti. Murilo Lima é convidado a assumir os vocais e entre 1993 e 1996 o capital grava dois álbuns sem Dinho, "Rua 47" e "Ao Vivo" que não chegaram nem ao menos a emplacar como sucesso de vendas enquanto Dinho gravou com sua banda Vertigo um bom álbum e em seguida um solo, com basicamente os mesmos integrantes, mas era uma época complicada. o ex-vocalista do Capital morava no centro de São Paulo e tocava em bares e restaurante em troca de comida e o Capital estava prestes a sair de cena definitivamente, foi quando Dinho atendeu uma ligação de Loro Jones, convidando-o a fazer uma turnê de despedida do Capital Inicial.
A reunião foi longa e só em 97 é que a banda voltou de vez ao cenário musical, lançando no ano seguinte, o que considero seu melhor trabalho, o álbum "Atrás dos Olhos", nessa época Dinho ia ter sua primeira filha Giulia e durante a gravação do álbum em Londres a distância quase o fez desistir de tudo. Segundo ele mesmo, chorava toda noite de saudade quando falava com a esposa. Mas foi até o fim e gravaram o álbum, voltaram ao Brasil e emplacaram "O Mundo", "Eu Vou Estar" e regravaram "Assim Assado" do Secos e Molhados nova versão mais rock. A partir deste momento a banda começou a ganhar força e passo a passo foi se tornando um dos principais nomes do rock brasileiro da década de 90. Um sucesso tardio, mas merecido para quem lutou tanto contra a maré desde o começo.
Rafael Takamoto
http://esquizofreniacoletiva.blogspot.com/
Hoje resolvi falar para vocês de uma banda... que já acabou. Sim, durou mais de 20 anos, mas novamente as brigas internas separaram uma ótima banda. O Ira! é uma banda formada ainda lá nos anos 80, época que milhares de bandas explodiram aqui no cenário nacional. Mas escolhi justamente o Ira! por ser uma das minhas 8.000 bandas prediletas (reparem que esse número tende a aumentar cada vez mais). Então vamos lá. Acho que não há melhor maneira de falar sobre eles sem uma citação.
"...É na rua Paulo que me sinto bem / Pois meus amigos estão lá também / Já faz algum tempo que não sei como é que estão / Advogados, bêbados, dentistas eu faço canção... / ...Sou menino de São Paulo lá da Vila Mariana..."
Não há como negar que é uma banda tipicamente paulista e que gosta de afirmar e confirmar isso em suas músicas. Eles realmente são da Vila Mariana como dito acima, mas não sei dizer se existe essa Rua Paulo. Enfim, sem mais delongas, vamos lá. Edgard Scandurra, seu primeiro professor de guitarra, não quis ensiná-lo por ser canhoto e não querer inverter as cordas para sua mão. Assim, Scandurra aprendeu com seu irmão. Sempre foi fascinado pelo punk rock e ia a shows na periferia da cidade, para trocar informações com outros fãs. Foi então que Edgard e seu amigo Dino resolveram montar uma banda que tocasse punk, sem esquecer de Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Nascia aí a banda Subúrbio. Nessa época Edgard ainda no colégio, sempre topava com um sujeito esquisito chamado Marcos Valadão. Mesmo sem conhecê-lo, Edgard sentia simpatia pelo modo com que ele se vestia, e num desses encontros os dois acabaram se conhecendo, e ficando amigos.
Um dia Edgard chamou o Marcos Valadão para participar do Subúrbio, no festival interno do colégio Objetivo. Nessa época, o grande hit do Subúrbio era "Pobre Paulista" (um dos maiores clássicos da banda e também um tanto quanto preconceituosa), que mais tarde entraria na discografia do Ira!. Em 1980, Edgard foi convocado para servir o exército. E lá Edgard compôs "Núcleo Base", que também viraria um grande hit do Ira!. Um ano depois (1981), Marcos Valadão, agora Nasi, chamaria o amigo Edgard para tocar num show na PUC e ali surgiria o IRA (nome é inspirado no Irish Republican Army), ainda sem exclamação. Ainda tinha em sua formação o baterista Fabio Scattone, e o baixista Adilson. Dois anos passaram até que o produtor Pena Schimidt descobriu a banda, nessa época contando com Charles Gavin (que depois trocou de banda e foi para o Titãs) na bateria e Dino (velho companheiro da antiga banda Subúrbio) no contrabaixo, e os levou até a gravadora Warner, onde o Ira! gravaria seu primeiro compacto. O compacto contava com as músicas "Gritos na Multidão" e "Pobre Paulista".
Depois de algumas mudanças de formação, a banda parecia ter se estabilizado com dois novos integrantes (dessa vez, definitivos), o baixista Ricardo Gaspa e o baterista André Jung (ex-Titãs que trocou de banda). O grupo lança seu primeiro álbum, Mudança de Comportamento (1985), mas só faria sucesso no ano seguinte com o álbum "Vivendo e Não Aprendendo", tendo os hits "Dias de Luta", "Envelheço na Cidade" e "Flores em Você" (que acabou incluída na abertura da novela O Outro, da Rede Globo em 1987).
Após se afastar da mídia e seguir suas raízes punk, o Ira! retoma o sucesso entre o fim da década de 90 e o início do século XXI, com os álbuns Isso é Amor, de 1999, MTV ao Vivo, de 2000, Entre Seus Rins, de 2001 e Acústico MTV, de 2004, Juntos, esses quatro álbuns venderam mais de 500 mil cópias, consolidando a banda enfim, entre os maiores nomes do rock brasileiro. Em 2007 o grupo lançou o que viria a ser o seu último álbum, intitulado Invisível DJ. E logo após a banda acabou por uma briga de Nasi com o empresário da banda, Airton Valadão (seu irmão) e com Edgard Scandurra. Agora Nasi segue carreira solo, assim como Edgard Scandurra que tem se voltado um pouco mais a música eletrônica e para seus projetos paralelos.
Levando em consideração que no início dos anos 90 Nasi tinha uma banda, um projeto paralelo muito bom, chamado Nasi & Os Irmãos do Blues e Scandurra fazia bons trabalhos solos e em parceria com Arnaldo Antunes (ex-Titãs), eles ainda dão seqüência nesses trabalhos, mas agora sem ter o Ira! como sua base principal de trabalho.
Rafael Takamoto
http://esquizofreniacoletiva.blogspot.com/
Foi no dia 8 de Novembro de 1971 que o mundo conheceu um dos discos mais importantes da História do Rock. E agora, passados 40 anos, temos uma vez mais a chance e a obrigação de reverenciar esta grande obra prima.
O quarto disco de estúdio do Led Zeppelin não recebeu um nome específico, quem sabe por uma premonição de que este disco seria a maior representação do que foi e é o Led Zeppelin, merecendo, portanto, ser o ponto de toque entre criatura e criador. No Led Zeppelin IV os quatro do Led Zeppelin chegaram a um ponto de expressividade e de arte que raríssimas vezes foram igualados. Este disco já foi tão ouvido e comentado, durante estes 40 anos, que não me sinto capaz e nem obrigado a fazer uma apresentação original. Mas isto não significa que deixaremos passar.
Estava pensando numa maneira de prestar uma homenagem digna à banda que produziu esta magnífica obra quando esbarrei com a idéia do pessoal do Ultimate Classic Rock. Achei genial! Tão genial que não consegui pensar em mais nada. Então resolvi criar uma versão desta homenagem. A proposta é reproduzir o lendário disco IV com covers, como se fosse um show tributo. Vamos então ao Led Zeppelin IV!
Eis aí a versão para Black Dog, da banda alemã de Power Metal Masterplan.
Rock and Roll – Foo Fighters
Os caras do UCR mandaram bem demais nesta, escolhendo uma versão do Van Hallen. Daí tive que pegar uma versão matadora do Foo Fighters, tocando no Wembley Stadium lotadão e recebendo o reforço de ninguém menos que Jimmy Page e John Paul Jones.
The Battle of Evermore – Heart
Esta música já me levou a fantásticas viagens... As meninas da Heart arrebentaram nesta versão.
Stairway to Heaven – Projeto Gregorian
O Projeto musical alemão chamado Gregorian, para quem não sabe, apresenta versões de canções Pop e Rock em canto gregoriano. Esta versão é linda de chorar...
Misty Mountain Hop - 4 Non Blondes
Aqui não teve como fugir. Além da versão ser excelente, não consegui encontrar nenhuma outra no mesmo nível. Pois, que seja!
Four Sticks - Soulfly
Versão instrumental poderosa feita pela banda de Max Cavalera.
Going to California – Train
A banda californiana Train apresentando uma versão emocionante de uma música muito, muito, muito foda.
When the Levee Breaks - W.A.S.P.
Banda de grande sucesso nos anos 80, W.A.S.P. apresenta uma versão pesada excelente!
Esta brincadeira serve para mostrar o quão importante foi e continua sendo este disco. Quem ama o Rock tem muito a agradecer ao Led Zeppelin. Qual a tua versão preferida?
Foi no dia 29 de Outubro de 1971 que um trágico acidente de moto deu fim à vida de um dos mais promissores e respeitados guitarristas da história do Rock. Howard Duane Allman não completou 25 anos de vida (faria aniversário no dia 20 do mês seguinte).
Duane e seu irmão Gregg formaram uma das mais idolatradas bandas do Southern Rock: The Allman Brothers Band. O virtuoso guitarrista ganhou rapidamente o respeito de todos os apreciadores de boa música, especialmente pela sua desenvoltura no slide. Aprendeu a tocar influenciado pelo irmão Gregg e rapidamente deixou-o para trás. Sua carreira foi marcada por participações junto a grandes músicos. Dentre elas, talvez a mais famosa, está a parceria com Eric Clapton que o convidou para tocar no magnífico álbum Layla and Other Assorted Love Songs, gravado pela banda Derek and the Dominos (que era, na verdade, uma espécie de dream team do Blues Rock sob o comando de Clapton).
Eric Clapton, Carl Radle e Duane Allman
Fica aqui nossa homenagem e nosso agradecimento a este gênio da música, que nos deixou tão precocemente e de forma tão trágica.
Depois de 3 discos muito experimentalistas nos anos 60, com a chegada dos anos 70, Os Mutantes resolveram apostar mais no rock and roll. Aliado ao seu estilo pioneiro e único de psicodelia, Os Mutantes lançaram em 1971, um dos seus melhores álbuns: O Jardim Elétrico. Com musicas em português, inglês e citações em espanhol, o disco traz a banda cada vez mais afinada. Algumas musicas desse disco foram reaproveitadas no álbum Tecnicolor, álbum que seria lançado no mercado externo, mas acabou sendo cancelado na época e depois lançado no ano 2000.
Confiram as clássicas canções desse discaço:
1 – Top, Top (2:28): O álbum abre com essa conhecida canção composta pelo trio central dos Mutantes e pelo baixista Liminha. Destaque para o groove das guitarras, o solo, o groove da percussão no meio da musica e para o piano. Musica que foi coverizada por Cassia Eller.
2 – Benvinda (2:47): A 2ª canção é uma mais calma. Cantada por Arnaldo, ela mostra uma canção orquestrada, num ritmo quase ‘’fim de noite’’. A voz de Arnaldo em tom de deboche e os backings de Rita Lee são destaques na musica.
3 – Tecnicolor (3:44): A 1ª em inglês do disco. Uma canção com um ritmo hiponga, (no melhor estilo Misty Mountain Hope do Led Zeppellin), que simplesmente hipnotiza. A melodia de Sergio, casada com a voz doce de Rita Lee e o refrão onde Sergio usa sua bela voz, fazem dessa musica muito linda.
4 – El Justiciero (3:52): Uma das melhores canções dos Mutantes. Num ritmo de musica latina, com direito a castanhola e violão flamenco, a musica cantada por Sergio e Rita, conta a historia do Justiceiro. Nitidamente, nota-se o deboche e a sátira do trio com a língua espanhola.
5 – It’s Very Nice Pra Xuxu (4:50): Musica do trio central da banda. Uma das melhores desse disco sensacional. A sacada no nome da musica (que é o refrão), só podia vir da mente debochada dos Mutantes. O teclado hammond ao fundo, os vocais de Arnaldo e os instrumental afiado são destaques dessa linda canção.
6 – Portugal de Navio (2:45): Uma letra engraçada, onde o homem tenta encontrar a mulher amada de qualquer forma, mas esta só da fora nele. Aí ele decide mandar ela pra... Portugal de Navio rsrsrsrs. Uma musica meio jazzística, que tem um solo de harmônica no meio, com destaque para o vocal de Sergio.
7 – Virginia (3:27): Essa é uma das mais belas musicas feitas pelo trio. Simplesmente emocionante ver a versão ao vivo feita em 2006, em Londres, no show de retorno. Quem é fã, simplesmente se emociona ao ver essa canção sendo executado com fidelidade ao vivo.
8 – Jardim Eletrico (3:15): Depois da calmaria de Virginia, o disco pega fogo com Jardim Eletrico. Um rock efervescente, com vigor, guitarra forte, baixo marcante, bateria com groove, teclado hammond comendo solto. Simplesmente rock and roll.
9 – Lady Lady (3:34): Com uma levada no piano, a voz de Sergio Dias e os backings de Rita Lee e Arnaldo Batista, uma musica mais cadenciada, com um solo de guitarra muito bom no meio, uma letra que fala de despedida. Linda musica. Destaque para o final, onde a musica toma uma levada meio caribenha, com flauta, percussão, solo a lá Carlos Santana ... sensacional.
10 – Saravá (4:28): Musica no melhor estilo rocka and roll psicodélico dos Mutantes. Bastante groove, teclado hammond, percussão, solo de guitarra distorcido. Grande musica do trio.
11 – Baby (3:39): Versao bossa nova psicodélica em ingles, para a musica de Caetano Velloso. Para encerrar o disco com calma.
Os Mutantes chegavam aos anos 70 com força e muita criatividade, mostrando que ainda poderiam inovar em muita coisa e poderiam ainda nos brindar com muitas obras primas. Uma delas ainda estava por vir. A próxima obra, de 1972, chamada: Os Mutantes e Seus Cometas no País dos Bauretes, é simplesmente uma obra prima. Será essa obra, que iremos ver no próximo post. Até lá!
Entre as paixões que eu tenho nessa vida estão a fotografia, a cerveja e o rock n roll. A última já teve várias perdas ao longo dos anos, a segunda (até onde eu sei) só perdeu os grandes monges cervejeiros belgas e a primeira perdeu, na semana passada, alguém que sabia como retratá-la.
Nascido em 1935, Barry Feinstein era "o cara". Depois de anos trabalhando como fotógrafo dos astros de Hollywood, Feinstein decidiu que em suas horas livres trabalharia para a música. Um dos primeiros trabalhos foi com Bob Dylan, em 1964, quando faria a capa de The Times They Are A-Changin. Entre algumas de suas principais fotografias, estão as que podem ser vistas nos álbuns All Things Must Pass, de George Harrison (na época, ex-Beatle) e o primeiro álbum solo de Eric Clapton, homônimo do cantor. Pearl, último álbum de Janis Joplin, também conta com uma foto assinada pelo norte-americano, assim como Beggars Banquet, dos Rolling Stones.
Autodidata, Feinstein morreu deixando (segundo informação da BBC de Londres) aproximadamente 500 fotografias. Parte de seu trabalho pode ser visto em dois documentários dirigidos por Martin Scorsese... "No Direction Home: Bob Dylan" (2005) e o mais atual, George Harrison: Living in The Material World.