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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Declaração polêmica de Edu Falaschi

Por João Victor

Essa semana, Edu Falaschi (Angra e Almah) deu uma entrevista que se tornou uma declaração muito grosseira sobre o metal nacional e seus fãs, confiram a entrevista:


Gostaria de ressaltar alguns pontos, em conjunto com meu amigo Marcelo Oliveira:

Pagando pau pra gringo???

1- Quando Edu fala que brasileiro só gosta de banda gringa e que há preconceito, temos que lembrar que música não tem bandeira; uma banda é boa independentemente de onde venha. Querer que os brasileiros escutem uma determinada banda só por ser brasileira é um argumento muito irrelevante.

2- As pessoas não deixam de ir a shows por que uma banda é brasileira ou não. É a produção, como um todo, que faz a diferença. E nisso falta muito profissionalismo na chamada "cena metal" brasileira. Muita gente deixa de ir a shows simplesmente por não saber que tal show vai acontecer. O problema já começa na divulgação...

3- Injusto ele dizer "foda-se o elogio". Muitas pessoas gostariam de ir nos shows mas não podem por motivos diversos, como não ter dinheiro, ser muito longe, etc... E o público que é muito jovem e não pode ainda frequentar os shows? Foda-se ele?

4- O Metal brasileiro é muito mais que Sepultura e Angra. Bandas boas existem sim, só não são muito conhecidas. Pretendo introduzir algumas que merecem algum reconhecimento em breve.

Agora, temos que ponderar sobre essa entrevista. Será que alguém com tanto desprezo pelos fãs merece continuar no Angra? Será que merece nosso dinheiro, já que cobram tão caro quanto uma banda internacional? E, acima de tudo, se ele não tem respeito por nós, será que merece nosso respeito?

Salve o Rock! João Victor

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Guitarrista do The Who Chama iTunes de "Vampiro Digital"

Por Marcelo Oliveira




Notícia dada por MacWord Brasil



A Apple precisa começar a ajudar novas bandas e artistas em vez de “sangrá-los” como um “vampiro digital”, afirmou o guitarrista da clássica banda inglesa de rock The Who, Pete Townshend, em entrevista para a rede local BBC.

Durante sua entrevista, o músico alegou que o iTunes deveria ter um papel no desenvolvimento de novos talentos uma vez que 75% das músicas obtidas legalmente no mundo são compradas na loja online da Apple.

“Existe mesmo uma boa razão para o iTunes existir no velho oeste selvagem da Internet do Facebook e Twitter, se ele não pode fornecer alguns aspectos desses serviços para os artistas cujos trabalhos ele (o iTunes) sangra como um vampiro digital, como um Northern Rock (banco inglês) digital, para sua enorme comissão?”

Townshend quer que a Apple empregue observadores de talentos para buscar novos talentos e fornecer suporte financeiro para alguns dos melhores artistas novos.

Além disso, o guitarrista também não poupou quem baixa músicas ilegalmente na web. Para ele, essas pessoas poderiam também ir e roubar suas posses físicas. “Me pergunto o que aconteceu de errado com a moralidade humana e a justiça social.”

No entanto, ele reconheceu que alguns artistas prefeririam ter sua música “compartilhada” em vez caírem na obscuridade pela falta de exposição. “Uma pessoa criativa iria preferir que sua música fosse roubada e curtida em vez de ignorada. Esse é um dilema para todas as almas criativas: ele ou ela preferiria passar fome e ser ouvido(a)  do que comer bem e ser ignorado(a).”

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Top Ten Guitarristas Mais Influentes do Rock

Por Cristiano Reis


Alô amigos! Depois de um longo e tenebroso inferno com o meu PC (ele tá me avisando que vai me deixar... que quer partir desta "pruma" outra...) me junto a vocês para colaborar com os posts do nosso querido clube.

Fiquei tentando imaginar o que escrever pra começar a trocar idéias com a galera e me veio à mente um livro chamado "Alta Fidelidade" do inglês Nick Hornby (que também virou filme tendo John Cusack como papel central). O personagem central é um dono de loja e colecionador de discos neurótico, aficionado por listas de "X mais alguma coisa" que lhe venha a cabeça, ou que tinha a ver com a sua vida pessoal conturbada.

Sendo assim, gostaria de sugerir aos amigos do clube um debate sobre os 10 mais influentes guitarristas do universo do rock. Apesar do fato de que "preferência" seja algo de cunho muito individual e subjetivo, creio que o exercício é valido no sentido de conhecer o nosso perfil e gosto musical. Estou certo de que uma das coisas mais relevantes do nosso blog é justamente isso: a possibilidade de trocar opiniões, conhecer novos sons, músicos, discos (desculpem-me...disco é coisa do meu tempo...rs), cds, dvd’s, enfim... criar o debate e descobrir novos horizontes musicais.

Segue então a minha lista comentada:

1 - Jimi Hendrix
O pai da matéria. Mestre da guitarra moderna. A primeira revolução!



2 - Eric Clapton
Sem ele o blues rock simplesmente não existiria!



3 - Stevie Ray Vaughan
Mestre do blues moderno. Fez a mais perfeita ponte entre o passado e o presente... o blues e o rock não seriam os mesmos sem ele!



4 - Jimmy Page
O rei dos estádios e estúdios. O pai do hard rock.



5 - Richie Blackmore
Pioneiro na mistura do rock com o erudito nas 6 cordas



6 - Tommy Iommi
O pai do heavy metal.



7 - Duane Allman
O mais genial mestre branco da guitarra slide.



8 - Eddie Van Halen
A segunda revolução! Reinventou a guitarra rock com técnica exuberante.



9 - Jeff Beck
Mestre dos efeitos e pai da guitarra jazz rock.



10 - Chuck Berry
A guitarra primitiva do rock and roll.




Abração pra vocês!

Cristiano Reis

domingo, 23 de outubro de 2011

So Far Away - A7X


Por Marcelo Oliveira


Uma das coisas que mais me fascinam na música é o poder que ela tem de dizer coisas que dificilmente poderiam ser ditas de outra forma. Ela possui uma eloqüência que está muito além da razão. É como uma chave de abre e fecha portas de nossos sentimentos.

Tenho um primo que está agora com 15, quase 16 anos. Desde molequinho ele sempre adorou dançar e, por conta disso, ouve música o tempo todo. Funkeiro até os ossos, sua playlist ainda guardava um espacinho para alguns pagodes e até axé. Algum tempo atrás, quando cheguei em sua casa ele veio me perguntar se eu conhecia uma banda chamada Avenged Sevenfold. Na época nunca tinha ouvido falar e ele correu pra me mostrar. Fiquei absolutamente surpreso que o moleque estivesse ouvindo Rock e curtindo! Fiquei meio receoso vendo aqueles que me pareceram Rockeiros de Shopping Center... muito arrumadinhos... mas até por uma questão “pedagógica” resolvi ouvir tudo que ele estava me mostrando com muita atenção. E, de fato, o som dos caras tinha qualidade. Claro que depois fui aos poucos mostrando a ele que o Rock não tinha começado ontem e que esta banda não era exatamente a última bolacha do pacote, como ele estava imaginando. Mas incentivei muito que continuasse fã.

Passado algum tempo, fui percebendo que o Avenged ia arrebatando sentimentos com uma força impressionante. Desperta paixões com a mesma intensidade que provoca desdenho e desprezo por seu trabalho. Difícil ficar indiferente à sua música e à sua linguagem visual. Como não era exatamente um estilo de minha predileção, fiquei apenas acompanhando de longe, com um interesse quase exclusivamente “jornalístico”.

Contudo, foi exatamente esta capacidade da música de comunicar o incomunicável que me fez respeitar definitivamente a banda. Uma música que foi concluída para homenagear o baterista The Rev, membro importante da banda falecido prematuramente, mostrou o poder de tornar evidente a “presença” de uma ausência. Ou seja, traz a dor e a tristeza de uma perda em cada nota. Refiro-me a canção So Far Away. Não é qualquer banda que consegue lidar com uma perda tão trágica para sua formação. E quando isto acontece, quando alguém consegue transformar sofrimento em arte, pode acreditar que houve aí um importante amadurecimento do artista. 

Se você é fã da Avenged Sevenfold então já sabe as razões para tal. Mas se você não curte a banda então aconselho a despir-se totalmente de qualquer preconceito e ouvir com um pouco mais de atenção. Não precisa se tornar fã dos caras, mas quem sabe não passe a respeitá-los? O fato é que temos aí uma banda com força suficiente para atrair uma juventude que está cada vez mais afastada do Rock.




Grande abraço!

Marcelo Oliveira

sábado, 22 de outubro de 2011

Lollapalooza Será Sucesso No Brasil?

Por Lucas Caldeira


Lollapalooza é um dos maiores festivais de música do mundo, que já tem 15 anos de atividade (juntando todas as edições). Um festival especialmente ligado ao Rock n' Roll, onde se destaca o próprio e também as vertentes do gênero. Desde Punk Rock até o Heavy Metal. 

Já recebeu muitas bandas que agradam os nossos ouvidos, entre elas estão: Ramones, Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam e os mestres do The Cure. 


Dentre as novidades do Rock, mais especificamente do Rock alternativo, vale a pena destacar a banda britânica Arctic Monkeys. 

Criado por Perry Farrel, cantor do Jane's Addiction em 1991, o evento foi sendo executado até o ano de 1997, então teve uma breve pausa de 6 anos. Ou seja, foi ''ressuscitado'' no ano de 2003. Durante estes anos no mundo, o Lollapalooza percorreu praticamente toda a América do Norte. Em 2004 os organizadores do evento decidiram ampliar a durabilidade do evento para mais dois dias por cidade, mas pela fraca venda dos ingressos, esta edição foi cancelada. Voltou em 2005, com Perry, criador do evento, e a famosa agência William Morris, que fizeram uma breve parceria com a empresa Capital Sports Entertainment, sediada no Texas.

Enfim, o Lollapalooza chegou ao Brasil! A empresa Geo Eventos confirmou a versão brasileira do evento, que irá ocorrer no Jockey Club, na grande São Paulo nos dias 6 e 7 de abril.

Bandas como:

  • Foo Fighters
  • Arctic Monkeys
  • The Strokes


Possivelmente irão fazer parte do line-up do festival.


Fiquem aí com um pedacinho da apresentação do Foo Fighters na edição 2011 do evento:





Lucas Caldeira - @luck_caldeira

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Rock Em Nome Do Amor

Por Roberta Grassi




Às vezes é difícil imaginar que os brutos também amam. Às vezes é difícil enxergar que debaixo daquela camiseta preta com logo de banda habita um coração solitário disposto a encontrar alguém para compartilhar a espera pelo novo álbum da banda preferida, para fazer companhia nas longas horas de fila antes de algum show, alguém para mostrar os hematomas resultantes do bate-cabeça. Às vezes é difícil de acreditar, mas rockeiros também ama. A verdade é que todo Sid quer encontrar sua Nancy – mesmo sabendo que o resultado deste encontro pode ser catastrófico.


Não, eu não amanheci assombrada por um encosto emo e nem estou com o cérebro danificado por alguma comédia romântica sessão da tarde. 

A coisa é que esta madrugada o Marcelo, fundador do nosso clube e o homem por trás daquele avatar com a caveira, acabou sem querer virando o Santo Antonio dos rockeiros. Tudo começou com o post “Rockeiro Mostra A Cara”, que tinha como objetivo apenas mostrar a cara de quem também faz o blog, ou seja , nossos leitores, vocês. Acontece que os comentários sobre as fotos dos sócios do nosso clube começaram a, digamos, ficar um pouco entusiasmados demais. Em tom de brincadeira, o Marcelo twittou que ia fechar o blog e abrir um site de namoro para rockeiros e pronto, deu-se início a primeira empreitada casamenteira do Social Rock Club. Teve de tudo: gente fazendo propaganda de que sabia fazer miojo, cozinhar água fervida e fazer caipirinha, teve gente voltando a usar MSN para conversar com outros solteiros, teve pedido de casamento, e o Marcelo foi tachado como o Silvio Santos do twitter e mestre de cerimônias do Rock em nome do amor (houve até quem insistisse que se saísse beijo ele ia ter que dançar vestido de Lady Gaga, mas o Marcelo se recusou). A coisa foi tão intensa que o twitter colocou o @SocialRockClub de castigo por um tempo e até uma agência matrimonial começou a segui-lo. E por essas e por outras eu chorei de rir na frente do PC.


Se você não estava entendendo todas as piadas que estavam rolando no twitter, tá aí a explicação.


Que as redes sociais podem conectar pessoas, isso ninguém pode negar. E desde o começo o Marcelo deixou claro que a ideia do Social Rock Club era juntar uma galera que curtisse o mesmo estilo de som, eu só não sei se ele imaginava que ia ajudar a galera a se juntar tanto assim. E também não sei se a empreitada casamenteira desencalhou alguém, mas definitivamente rendeu boas risadas.



@robertagrassi

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Roberto Medina Recebe Resposta do Guns n' Roses

Por Lucas Caldeira



Em comunicado oficial, o Guns n' Roses rebate as críticas realizadas pelo idealizador e fundador do Rock In Rio, Roberto Medina em entrevista ao jornal Extra. Confira o comunicado oficial da banda sobre o assunto:

“Gostaríamos de esclarecer as coisas em relação ao Rock In Rio. A produção inadequada do festival e a forte chuva atrasaram o evento. Todos que lá estavam viram que o System Of A Down não saiu do palco antes de 1:15 da manhã. O equipamento e produção da banda só saíram de lá após 1:45. A equipe do Guns só pôde começar a preparar o show às 2:15. Axl chegou ao local do envento bem antes, em torno de uma da manhã e estava pronto para se apresentar. A cobertura inadequada do palco do Rock In Rio causou um grande atraso. A mesa de som foi danificada e substituída o mais rápido possível. O Guns N’ Roses começou o show às 2:40 e se apresentou por duas horas e meia. Jamais desrespeitaríamos alguém intencionalmente, especialmente os fãs”. 



Abraço,

Lucas Caldeira-@luck_caldeira

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Roberto Medina fala sobre o Rock in Rio 2011 e 2013.

Por Lucas Caldeira

Fala fala galera!

Em uma entrevista concedida por Roberto Medina, presidente e criador do Rock In Rio, ao jornal Extra revela  os planos para a próxima edição do Rock in Rio, as decepções e também as surpresas do festival. Foram muitos assuntos e você confere a entrevista completa abaixo:


EXTRA: Qual a melhor surpresa e a grande decepção do festival?

Roberto Medina: O melhor foi o Coldplay. Eles fizeram o show da vida deles. Mas a grande revelação para mim foi Stevie Wonder, que pegou a garotada. Pegar a mim é óbvio, mas pegar a garotada... Pegou, arrebentou! Katy Perry foi sensacional, mas já esperava isso dela. A grande decepção foi Elton John, sem dúvida. Ele fez esse mesmo show em Portugal agora, foi uma loucura! Ele se entregou, cantou por quase três horas, levantou... E no Rio ele estava profissional, correto. Mas, às vezes, você está mal de cabeça, não está bem naquele dia.

EXTRA: E Axl Rose? O que aconteceu com ele desta vez?


Medina:  Achei uma falta de compromisso, de respeito com o público, o imenso atraso dele (foram mais de duas horas).

EXTRA: Então os dois estão riscados do seu caderninho?


Medina: Ah, sim. E Axl tinha aquela coisa de ligação com o Rock in Rio, mas foi lamentável.

EXTRA: Mais alguém barrado no baile?


Medina: Jay-Z. Cancelou a vinda e não deu satisfação.

EXTRA: E as bandas nacionais?


Medina: Skank, Paralamas e Capital Inicial fizeram apresentações de nível internacional.

EXTRA: Qual a sua lista dos sonhos para 2013?


Medina: Já estamos trabalhando em pesquisas, e posso adiantar que Iron Maiden e Bruce Springsteen, que sempre lota os estádios, estão bem adiantados. Bruce é um cara que eu acho que vai fazer um estrago no Brasil, que é uma banda importantíssima na Europa, lota qualquer coisa de cem mil lugares. Ele veio há 30 anos para São Paulo, mas nunca mais voltou.

EXTRA: A questão de cachê interfere na escalação?


Medina: Interfere. Não adianta, você tem que fazer um mix. Eu, quando vou negociar, já sei mais ou menos o cachê que eu vou tatear.

EXTRA: Neste caso, são os (head) lines. E os brasileiros?


Medina: Você tem três níveis de diferença de preço. Os brasileiros estão todos no mesmo bolo, na terceira faixa.

EXTRA: Quem você lamenta ter ficado de fora este ano?


Medina: Todos de frente que eu podia trazer, eu trouxe. Falaram em Lady Gaga, mas ela estava parada. O mesmo de Rolling Stones e Madonna. O U2 não se apresenta em festivais.

EXTRA: O que fazer para melhorar a questão da comida? No Bob’s, atendentes abandonaram o posto para curtir os shows, causando megafilas.


Medina: Você tem que pagar o valor adequado. Por isso, não aconteceu nas outras lojas, aconteceu no Bob’s. Estavam pagando baixo. Se você paga o valor adequado, pode estimular o funcionário, até dar um dia, comprar um bilhete. No caso dos voluntários, por exemplo, tinha um prêmio para os melhores, que iam assistir ao show do dia seguinte.

EXTRA: Roberto Medina curtiu os shows só da área VIP ou foi para o povão?


Medina: Fiquei encantado com a Rock Street, uma área comum. Fui lá todos os dias para comer batata frita.

EXTRA: E o senhor enfrentava as filas gigantes?


Medina: Claro! Sou o idealizador, tenho que dar o espelho.

EXTRA: Tem discurso para os que lhe pedem convites?


Medina: Os pidões mudaram de perfil. Em 2001, eles pediam bilhete; os de agora queriam comprar um bilhete. Então, como não tinha mais, meu drama era dizer que já tinha vendido tudo. Na Espanha, já é outro tipo de pidão. Eles pedem mesmo e eu digo: "Você me ofereceu comida de graça? Você vende comida, e eu vendo bilhete".

EXTRA: A bilheteria representa quanto do seu faturamento?


Medina: Mais ou menos 38%.

EXTRA: Imaginava que seria uma fatia de bolo maior que 38%. O restante é o quê?


Medina: Comunicação, parceiros de mídia. Agora, por exemplo, você tem receita de camisetas (foram 43 mil vendidas dentro da Cidade do Rock).

EXTRA: Sete dias de festival não é muito pouco (risos)?


Medina: Eram seis, virou sete. Não dá pra saúde, cara! É muito pesado. Pesado pra caramba! Dormi três horas por dia durante esses dias de festival.

EXTRA: Em quanto está avaliado o Rock in Rio hoje, a marca?


Medina: Uns 150 milhões de euros.

EXTRA: Comparativamente ao primeiro Rock in Rio, qual foi o crescimento disso?


Medina: No primeiro Rock in Rio, a marca não tinha valor. Era só um sonho, uma aventura. Acho que a marca só começou a ganhar valor a partir de 1991. Marca existe quando se repete um projeto.

EXTRA: De que edição você menos gostou?


Medina: Não gostei do festival confinado ao Maracanã. Não é o espírito do Rock in Rio, eu jamais faria novamente o Rock in Rio num estádio de futebol, por maior que fosse... O Rock in Rio é natureza, é você andar de um lado para o outro, encontrar amigos. Não é só ver um show.

EXTRA: Há negociação para levar o evento a outros países?


Medina: Sim, temos conversado com Rússia, México, Inglaterra e Estados Unidos.

EXTRA: Você assistiu à entrevista de Christiane Torloni? O que achou do bordão "Hoje é dia de rock, bebê!"?


Medina: A pessoa está com intimidade de poder estar bebendo um pouco mais e aí tem que dar entrevista, aí a gente escorrega. Mas foi engraçado. É natural que a pessoa tenha um pilequinho num negócio desses.

Abraço,

Lucas Caldeira- @luck_caldeira


Fonte: Jornal Extra

sábado, 8 de outubro de 2011

Rock in Rio: Eu Fui... ROUBADO!


Por Marcelo Oliveira

Simpática contra-propaganda dos nossos amigos de Lisboa

Não! Apesar do título, não estou escrevendo para tratar do absurdo que foram os roubos e furtos durante o Rock in Rio, dentro do evento e no seu entrono. O problema, creio eu, consegue ser ainda mais sério. Desculpa aí, galera, mas esta chapa é quente. Leia com muita atenção!

O clipping de notícias do portal Rio Negócios trouxe uma nota assinada por João Bernardo Caldeira, do jornal Valor Econômico, que traz uma revelação assustadora. Vou reproduzir a nota na íntegra, conforme está no clipping, e depois faço questão de comentar.

Viva la economía

A melhora da economia brasileira na última década foi sentida pela organização do Rock in Rio. A empresária Roberta Medina relembra que na última edição do festival, em 2001, a verba de patrocínio respondia por 80% do seu orçamento total, já que o ingresso a R$ 35,00 não resultava em bilheteria expressiva. Desta vez, o montante gerado pelos patrocinadores (R$ 55 milhões) recuou para 60% dos gastos totais, enquanto a venda de ingressos bateu a casa dos R$ 100 milhões. Bancados os custos de R$ 90 milhões, o lucro foi de R$ 65 milhões.

2013

Além disso, o número de patrocinadores da edição brasileira do evento duplicou. "As empresas estão com maior capacidade de investimento", avalia Rodolfo Medina, responsável pela captação. "Pudemos, então, diluir os valores do aporte de cada empresa entre diversas marcas." Para a próxima edição do evento no Brasil, em 2013, a intenção é ampliar as receitas, mesmo com a decisão de vender 15 mil ingressos a menos por dia. "Com o sucesso do festival, é natural que se consiga um resultado ainda melhor", garante Roberta, vice-presidente do Rock in Rio.

Comento...

Sinceramente eu não sabia que a família Medina era tão generosa e camarada com os seus patrocinadores. Que coisa linda de se ver.  Fez de tudo pra ficar mais “baratinho” patrocinar o Rock in Rio. Eu só não consigo entender porque uma redução de 20% no planejamento de arrecadação com patrocínios, relativo ao montante total, onerando, com isto, o público. Ora! O patrocinador não faz caridade! Trata-se de um investimento. Acredite, uma empresa só faz este tipo de investimento quando está razoavelmente segura de ter um retorno muito maior disto. Os Medinas então parecem ser uma espécie de Robin Hood ao contrário: tiram dos pobres para dar ao ricos. Mas o pior ainda está por vir...

Como a própria Roberta Medina fez questão de lembrar, o ingresso para o Rock in Rio em 2001 custou R$ 35,00. O evento passou, foi considerado um grande sucesso e ninguém jamais disse que havia dado prejuízo. Passados dez anos, o preço do ingresso saltou para absurdos R$ 190,00. Isto representa um aumento de 443%. Alguém pode pensar: Ah, mas são 10 anos... tudo aumentou! Pois saiba que, segundo o Conselho Regional de Economia do Espírito Santo, a inflação acumulada nos últimos 10 anos ficou em 92%. Ou seja, o aumento ficou quase 5 vezes acima da inflação. Eu queria saber, por que diabos o sujeito acha que isto é um sinal de fortalecimento da Economia? Sob qual perspectiva ele afirma isso? Parece piada de mal gosto!

É claro que não foi só a estranha estratégia da família Medina que tem o mérito desta bela ferrada no público. Aliás, esta sacanagem só pode ser feita por causa da criminosa lei da “meia-entrada”. Entenda agora, de uma vez por todas: muito provavelmente, se esta lei não existisse, você que ficou feliz, se sentindo malandrão por pagar meia, pagaria menos do que pagou!

Quem ganha com esta lei da meia-entrada é a UNE, vendendo carteirinha; os falsificadores de carteiras de estudantes; e os empresários de entretenimento, que mais que dobraram o valor dos ingressos (como ficou claro). Enquanto isso o público vai tomando na tarraqueta e curtindo no Facebook!

Grande abraço!

Marcelo Oliveira

Rock Contra o Racismo

Por Marcelo Oliveira


Como bom fã de Rock, nos seus mais diferentes subgêneros, sempre tive muito respeito pela história, não só do estilo musical, mas também do movimento cultural que ele representa. E é justamente baseado neste respeito e admiração que costumo afirmar que um rockeiro com postura racista é uma tremenda contradição, já que nas veias do Rock corre sangue negro. O Rock, queiram ou não, é miscigenado por natureza.

É bem conhecido o fato de que o Rock nasceu como uma variação e mistura de muitos estilos musicais, na grande maioria afro-americanos.  Muito especialmente o Blues, o Rhythm and Blues e o Jazz deram as mãos à Country Music e em meio a esta combinação nasceu o Rock and Roll. Porém, muito mais do que o aspecto musical, o que realmente pretendo destacar aqui é o impacto social que esta “revolução” produziu.

Alan Freed
Estamos nos movendo pelos conturbados anos 50 nos Estados Unidos. Momento em que a política de segregação racial estava no seu apogeu, portanto às portas de seu declínio. Praticamente tudo era dividido em “para brancos” e “para negros”. Não era diferente com as rádios. Aquela que tocava músicas de negros era rotulada como “musica racial” e muito raramente era ouvida por brancos. Foi um cara chamado Alan Freed, DJ de uma rádio em Cleveland, que teve a coragem de tocar R&B para um público branco. Aos poucos ele foi introduzindo uma espécie nova de variação rítmica das músicas afro-americanas e chamou a isto de Rock and Roll.

Isto foi como colocar fogo em mato seco aos pés de um morro. O público, principalmente a juventude que já não via tanto sentido na segregação, absorveu esta novidade com um ardor jamais visto. Era de se esperar, portanto, que a reação adversa fosse igualmente forte. O Rock já nasceu, então, sob a marca da polêmica. Os primeiros músicos brancos de Rock, como Elvis Presley, eram praticamente acusados de prevaricadores, inclusive por juntarem à salada musical uma boa pitada de Country Music (o Country era para os brancos o que o Blues era pra os negros).

The Beatles tietando Little Richard

Contudo, foi  justamente a força do mercado (este mesmo, que virou alvo de críticas por “corromper” músicos) que tornou possível a explosão mundial do Rock. As rádios e gravadoras logo perceberam que era impossível parar aquela onda. Era imensa a multidão daqueles que não se importavam mais com a cor da pele dos músicos, mas queriam Rock! Isto teve um papel importante no fim da política de segregação racial.

O mais revolucionário guitarrista da história: Jimi Hendrix

Portanto, se alguém ainda quiser bancar o idiota sendo racista, que seja minimamente coerente e não arraste o Rock para esta lama. Ele é exatamente o oposto disto!

Confira abaixo a versão original (1951) de "Rocket 88", considerada por muitos como a primeira gravação do Rock. Ike Turner e o saxofonista Jackie Brenston, negros como a noite...



Grande abraço!

Marcelo Oliveira  

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mesmo Em Fatias... É TUDO ROCK!


Por Marcelo Oliveira


Quando escrevi sobre o Rock in Rio, neste post, defendi a tese de que a excessiva subdivisão do Rock é prejudicial aos fãs e mesmo às bandas.  Quero retomar este tema para explicar e exemplificar o que eu quis dizer com isto.

Tudo começa com a criação do Rock. Alguns músicos começaram a fazer um som diferente do que existia, juntando elementos de outros pré-existentes e criando uma nova roupagem. Como a experimentação está inscrita no DNA do Rock, quem veio depois dos “desbravadores” foi imprimindo sua marca e modificando muito mais do que as letras das músicas. Estas modificações foram chamando a atenção do público e a mídia se viu obrigada a dar uma “definição”, um “nome” para isto. Surgiram então os sub-gêneros do Rock.  Assim nasceu o Progressivo, o Hard Rock, o Blues Rock, o Heavy Metal... dentre outros. Perceba, sub-gênero significa “um gênero dentro de um gênero”. Ou seja, lá na raiz é tudo Rock!

Mas depois disto, com o passar do tempo, as mudanças se tornaram quase uma regra. Cada banda nova que surge (elas surgem em velocidade cada vez mais alucinada) parece se dedicar a sagrada missão de “reinventar a roda”. Todo mundo quer ser o grande fundador de um novo estilo.  Isto é fruto da revolução tecnológica que turbinou o poder da mídia. Antigamente os fãs de Rock precisavam esperar o mês inteiro para comprar uma revista especializada e ter alguma informação sobre a banda preferida. Hoje você pode acompanhar o teu guitarrista preferido no Twitter!!!  Mais poder, mais canais, MUITO mais fome por “novidades”. Os atuais “especialistas” precisam de assunto para manter o interesse. Assim vão brincando de Adão, dando nome a tudo que vêem pela frente.  O resultado disso é uma quantidade absurda de sub-gêneros que vão se multiplicando em outros sub-gêneros.

Só pra dar um exemplo, entrei no termo “Heavy Metal” do Wikipedia e peguei lá os “sub-generos” lá citados. Desafio você a ler tudo sem respirar... =D

Avant-garde metal, black metal, death metal, doom metal, folk metal, groove metal, power metal, prog metal, speed metal, thrash metal, gothic metal, alternative metal, glam metal, industrial metal, metalcore, neo classical metal, stoner metal, symphonic metal, Alternative metal, Crust punk, Drone metal, Folk metal, Funk metal, Grindcore, Grunge, Industrial metal, Metalcore, Neo-classical metal, Nu metal, Post-metal, Rap metal, Sludge metal.

E ainda tá faltando coisa aí. Quem ganha com isso? Na prática, que diferença faz se o som da tua banda é Nu metal ou “vestidinho” metal? O problema é que as pessoas começaram a incorporar estas diferenças e levar estes nomes tão a sério que não se permitem mais ouvir nada que não seja aquele pequeno pedacinho.  Outro dia vi o absurdo extremo de um sujeito que me disse que não gostava de Rock, gostava de Heavy Metal!

O reflexo disso se mostra forte em momentos como o Rock in Rio. O Pop, que seguiu um caminho inverso disso e foi paulatinamente destruindo os termos que definiam “sub-classes”, está cada dia mais forte e com mais público. O Rock vai perdendo espaço, porque os fãs estão divididos. Você pode dizer: “Que se dane! Gosto da minha banda e pronto!” Ok!  Mas depois não reclame se sua banda não vier tocar aqui. Não reclame se no teu carro você não tiver nenhuma Rádio Rock para ouvir. Dentre outras coisas...

Você não precisa gostar de tudo, mas jamais esqueça que no fundo tudo isso é Rock! Respeite e apóie esta família, para que ela fique cada vez mais forte. Acredite, você tem muito a ganhar!



Grande abraço

Marcelo Oliveira


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Uma História Com O Rock

Rafael Takamoto


Dia desses eu  me peguei pensando em quando foi que comecei a gostar de rock. Lembro muito claramente da minha infância ouvindo Yes, The Beatles, Black Sabbath, Deep Purple, Elvis e por aí vai. Isso veio como enxurrada, meu pai era fanático por rock, mesmo que eu não soubesse o que era, eu estava ouvindo. 

Enfim, os anos foram passando e fui descobrindo os nomes das bandas, já sabia colocar os LP's na vitrola (sim, faz muito tempo), mas ainda não sabia escolher, ia pelas capas, mal sabia que tinha em mãos álbuns do Peter Frampton, mas ouvia direto Breaking All The Rules. Ou quando não era isso, ouvia outro do Johnny Rivers, uma coletânea ao vivo, muito boa. E dessa forma também ouvia muito Elvis, tanto que anos depois fui escutar Unchained Melody e mal reconheci por ser uma versão do Righteous Brothers.

E hoje estou escrevendo aqui não para apresentar uma das milhares de bandas que eu gosto, mas apenas uma história de como se começa a gostar de alguma coisa.

Continuando, eram muitos vinis aqui em casa, tinha até aquelas coletâneas dos Beatles que eles estavam num prédio olhando para baixo, não sei dizer o porquê, mas eu tinha medo daquela capa, eu achava que se olhasse daquela forma para baixo poderia cair lá de cima. Ainda bem que a gente cresce.

Lembro que toda semana meu pai e eu assistíamos programas musicais de sábado, e domingos à noite (isso se eu tivesse feito a lição de casa antes), e, com isso fui começando a desenvolver uma paixão que não sabia explicar pelo rock, acho que o dia fatídico, foi quando vi o clip original do Stepenwolf, Born To Be Wild, meu pai falou da banda com tanto entusiasmo e de como era quando ele ouvia Rock e todos achavam estranho na época por uma coisa nova, diferente, aquilo não saia da minha cabeça, eu tinha descoberto o que eu queria ouvir, o que eu gostava.

Depois que a gente cresce um pouco, já sabe fazer melhor algumas escolhas, foi quando comecei a procurar por conta própria algumas outras bandas, na escola, através de um amigo, que por influência do pai também gostava de Jazz, foi a minha nova descoberta, parecia um mundo novo, logo em seguida, num sentido quase que extramente oposto, descobri o Reggae... e assim foi indo por muitos e muitos anos. Hoje em dia há muita coisa que eu ouço de vários estilos, mas o rock, é algo que foi crescendo comigo, tanto que o 1º show que eu fui, Midnight Oil, foi com meu pai que também era fã, fomos a vários shows juntos e perdemos vários shows também, mas era engraçado que ouvíamos quase as mesmas músicas e as mesmas rádios, mas com algumas poucas diferenças, depois de um tempo, meu pai ficou viciado em Metallica, eu ouvia a banda todo dia, da hora que acordava até a hora que ia dormir, depois foi a fase Megadeth e Slayer...

Não tive como não gostar também, admito que foi quase uma lavagem cerebral para escutar todas essas bandas que num passado distante eu considerava o som "pesado demais", mas foi muito bom aprender sobre isso. Foram mais bandas para as milheres que sempre ouço.

Enfim, este texto hoje, é mais para agradecer ao meu pai que lá de cima deve tá muito bravo por ter perdido a noite do metal no Rock in Rio e o Evanescence que foi uma das últimas bandas que ele conheceu e gostou. Até hoje tenho a imagem do meu pai tocando violão ou teclado, me pedindo para acompanhar ele tocando baixo para aprendermos todas as músicas de bandas que gostávamos. Então, muito obrigado pai por me mostrar ainda criança o mundo do rock'n'roll!!!




Rafael Takamoto
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