No final dos anos 60 a história do rock aparece repleta de bandas abalando as estruturas musicais e demonstrando suas potencialidades. Estilos como rock psicodélico, progressivo, rock blues, rock’n’rol... nomes que já vinham desde os anos50 como Chuck Berry, Elvis Presley, Bill Harley and His Comets... e outros surgindo na própria década de 60, como Moody Blues, Blues Magoos, The Yardbirds, Beatles entre outros...
Eis que surgiu, então, uma banda com um som mais “direto” e “pesado” que suas contemporâneas e que ficaria para sempre na história do rock. Talvez o “selo” Steppenwolf não esteja na memória de algumas pessoas, pois este nome deve soar “estranho” para alguns. Mas há uma de suas interpretações que com certeza a ficou marcada no mundo do rock, ajudada por filmes como Easy Rider, encontros de motoqueiros (principalmente esses) e propagandas na TV! Assim, mesmo não conhecendo a banda, com certeza você já escutou o seu grande clássico Born To Be Wild. É impossível gostar de rock e não ter escutado essa musica, mesmo sendo sem querer, independente da geração a que se pertença!
Sua formação primária, em 1967, contava com: John Kay - vocal e guitarra, Goldy McJohn – teclado, Rushton Moreve – baixo, Jerry Edmonton – bateria, Michael Monarch – guitarra. Mas outros nomes também fizeram parte dessa história como: Bobby Cochran, George Biondo, Wayne Cook, Larry Byron, Kent Henry e Nick ST Nicholas (ex-Sparrow), entre outros! E junto a essas formações se encontra o grande colaborador da banda, Mars Bonfire irmão de Jerry, alias Bonfire é o verdadeiro compositor de Born To Be Wild, e muito mais que colaborador, poderíamos dizer que ele foi a grande influência do Steppenwolf com sua antiga banda de blues de Toronto o Sparrow!
É precisamente em 1968, que o Steppenwolf lança sua primeira obra. Nessa época o Led Zeppelin estava a surgir, o Black Sabbath ainda se encontrava nos embriões ideológicos de Tony Iommi, e bandas como Bugie e Judas Priest nem pensavam em existir! E vocês devem estar pensando, o que isso tem a ver? Porque o nome de bandas que muitos apontam como os progenitores do Heavy Metal estão aparecendo em uma resenha de uma banda como Steppenwolf que tem a frente de seu som, o bom e velho rock’n’ roll? E é bem simples a minha resposta. Apesar da banda não ser de Heavy Metal, e a música não apresentar o peso que o estilo carrega, até hoje eu considero Born To Be Wild, como a primeira musica a demonstrar a força, o espírito a sintonia com o Heavy Metal e o que ele apresenta de melhor em seus riffs, em suas letras e em suas melodias no geral! Sem contar que foi através dessa canção que “surgiu”, que foi citado pela primeira vez dentro do rock a expressão heavy metal, que mais tarde se tornaria o termo usado para denominar o tal estilo!
Apesar de Born To Be Wild ser o grande clássico do Steppenwolf, seu primeiro disco homônimo traz outras grandes composições. O disco inteiro é povoado por canções excelentes, com riffs grudentos, alguns arranjos de teclado criando um clima “preciso” e com um som meio desprendido do estilo anos 60. Eles variam suas performances de música pra música em uma levada bem bluseira, com algum psicodélismo na medida exata, além do espírito e a energia contagiante que sempre deve estar presente em uma boa banda de Rock! Desta forma o Steppenwolf da o seu ponta pé inicial, que poderíamos considerar um prenúncio de sua longa carreira!
Ao longo dessa trajetória John Kay e companhia lança discos tão bons quanto o seu primeiro álbum, como o aclamado Steppenwolf 7 (o mais “crítico” de todos, expondo em suas letras críticas à política e ao governo Nixon) com músicas de tirar o chapéu como Forty Days and Forty Nights, Renegade, a bela balada Snowblind Friends e a viajante faixa instrumental Earschplittenloudenboomer! Outro disco que também merece ser ressaltado: The Second (1968) que traz entre suas faixas o segundo maior sucesso da banda após Born To Be Wild a musica “Magic Carpet Ride”. O êxito de sua carreira continua com a canção “Rock Me” do disco At Your Brithday Part (1969), e grandes trabalhos aparecem, como: Monsters (1969), Hour of The Wolf (1975), Skullduggery (1976) e o ovacionado por seu publico Steppenwolf Live (1970), todos na mesma linha de seu primeiro sucesso!
Assim como quase toda banda com uma extensa carreira, fica difícil se manter sempre em um patamar de qualidades musicais, e o Steppenwolfs faz alguns discos que não são ruins propriamente dito, porém possuem uma inferioridade musical em relação aos seus antecessores! Como por exemplo, os discos Paradox, e Wolftracks! Então fica a dica, e a indicação principalmente para o primeiro álbum da banda e os discos The Second, At Your Brithday Part, Steppenwolf 7 e Hour of the Wolf!
E o que começou simples em São Francisco na Califórnia com musicas de folk , tomou proporções maiores pelas idéias e proposta do produtor Gabriel Mekler, e tornou-se logo de cara um sucesso com seu primeiro trabalho em 1968. E assim o Steppenwolf, nasce para ser mais do que selvagem, e imortalizar-se nos muros da fama do Rock’n’ roll com um dos maiores hinos de todos os tempos!
This is Heavy Metal Thunder... My Friends!
Discografia…
Steppenwolf (MCA, 1968).
Steppenwolf the Second (MCA, 1968).
At Your Birthday Party (MCA, 1969).
Early Steppenwolf(MCA, 1969).
Monster (MCA, 1969).
Steppenwolf Live (MCA, 1970).
Steppenwolf 7 (MCA, 1970).
For Ladies Only (MCA, 1971).
16 Greatest Hits (MCA, 1973). Recopilatorio.
Slow Flux (Mums Records/Epic, 1974).
Hour of the Wolf (Epic, 1975).
Skullduggery (Epic, 1976).
Wolf Tracks (1982).
Paradox (Black Leather Music, 1984).
Rock & Roll Rebels (Qwil, 1987).
Rise & Shine(Capitol, 1990).
Live at 25 (1993).
Feed the Fire (1996).
Clássico!! qual melhor álbum na opinião de vocês??
ResponderExcluirOlá meu amigo! Muito obrigado por seu comentário! Na minha humilde opinião os dois primeiros discos e o Steppenwolf 7, Hour of the Wolf e o ao vivo de 1970 Steppenwolf Live!
ResponderExcluirVlaeu irmão! Abraço!
Poxa, o que eu mais curto é o Live... mas é meio covardia pq é meio que coletânea, né? =)
ResponderExcluirConfesso que tem alguns discos que não conheço bem. Mas sem ser o Live, acho que fico com o primeiro...
Grande abraço
Marcelo Oliveira