sexta-feira, 18 de novembro de 2011

The Smiths

Por Rafael Takamoto



Eaeee povo, tudo bem???

Vim aqui contar um pouco do The Smiths, que foi uma das grandes bandas britânicas dos anos 80. E também uma das minhas 8.999 bandas favoritas. A base do grupo era a parceria nas composições de Morrissey (vocal) e Johnny Marr (guitarra), que contava ainda com Andy Rourke (baixo) e Mike Joyce (bateria). E eles eram gigantes em seu mundo, indo do pop/rock até um som com abordagem e estilo mais gótico. Conquistou fãs pelo mundo afora e acabaria por influenciar diversas bandas pelo mundo.

Após muita luta, finalmente assinaram contrato com a gravadora independente Rough Trade Records. Lançaram seu primeiro single, "Hand in Glove", já em 1983. Esse primeiro trabalho foi muito aclamado pelo conhecido e influente DJ da rádio BBC John Peel. Porém nas histórias das bandas (acho que historicamente mais ainda as bandas inglesas), nada nunca é um mar de flores e nem tudo dura para sempre. Apesar do sucesso e de grandes hits que emplacavam e conquistavam o mundo os The Smiths se separaram em 87 devido a desentendimentos de Morrissey e Marr.

Entre os principais sucessos há muitas canções que merecem destaque. As canções "The Boy With The Thorn In His Side", "How Soon Is Now", "This Charming Man", "Ask", "Heaven Knows I'm Miserable Now", "Bigmouth Strikes Again", "Panic", "There Is a Light That Never Goes Out" deram o rumo da ascenção e queda da banda. As canções eram de arranjos simples, letras muitas vezes profundas e sempre com um tom meio mórbido dando pontapé no cenário gótico de vez (ok, já haviam outras bandas góticas, ainda falarei delas em outros posts). Ainda no início de 87, o single "Shoplifters do World Unite" foi lançado, seguido por uma segunda compilação, "The World Won't Listen" e o single "Sheila Take a Bow", o segundo da banda (e último durante a vida da banda) no Reino Unido atingir o Top 10.


E mesmo com o sucesso, as tensões surgiram dentro da banda. Johnny Marr estava beirando o alcoolismo, fez uma pausa da banda. Para logo em seguida deixar o grupo definitivamente. Ivor Perry (ex-Easterhouse) foi chamado para substituir Marr, a banda gravou material novo com ele que nunca foi concluído. Perry estava desconfortável com a situação. O quarto álbum do grupo, "Strangeways, Here We Come" foi lançado, mas a banda se separou. A tensão do relacionamento é sempre atribuída por Morrissey se irritar com o trabalho de Marr com outros artistas. E Marr sentia-se cada vez mais frustrado pela inflexibilidade musical de Morrissey. Marr odiava a obsessão de Morrissey com artistas pop dos anos 60. Após o fim do Smiths, Morrissey começou a trabalhar sua carreira solo. Johnny Marr só voltou ao cenário musical em 89, trabalhou como músico e colaborador escrevendo para artistas como The Pretenders, Bryan Ferry, Pet Shop Boys, Billy Bragg, Black Grape, Talking Heads, Crowded House e Beck. Anos depois, ainda trabalhou como músico convidado no álbum do Oasis Heathen Chemistry.

Marr e Morrissey garantem em todas as entrevistas que eles não vão reunir a banda. Mesmo assim, em 2005, a VH1 tentou obter a banda de volta para uma reunião em seu show Reunited Bands. Mas o projeto foi abandonado após sua tentativa de convencer Morrissey antes de um show. Para se ter uma idéia do grau de ódio e rancor entre Morrissey e Marr, Morrissey diz que "preferia comer seus próprios testículos a se reunir aos Smiths". Ah, mas vocês acham que por uma boa quantia de grana a situação mudaria, certo? Errado. Morrissey recusou uma oferta de £ 40.000.000 para se reunir com Marr em uma turnê mundial de 50 dias entre 2008 e 2009. E há relatos de que antes dessa oferta, Morrissey disse que trabalhou duro desde o fim do The Smiths e os outros não e que eles não eram amigos, então estariam em um palco juntos?

E desde então não param os boatos sobre o retorno da banda. Sempre desmentidos por Marr e Morrissey que não suportam ouvir falar um do outro. Infelizmente uma grande perda do cenário musical. Grandes parcerias assim são raras, mas ódio entre pessoas que pregavam, ou melhor vieram da geração de "paz e amor" chega a ser irônico, talvez sarcástico. E para a tristeza dos fãs que ficaram órfãos na época, é uma grande perda. Maior ainda para os fãs que os descobrem anos e anos depois como este colunista que contou essa trágica história.


Rafael Takamoto
http://esquizofreniacoletiva.blogspot.com/

3 comentários:

  1. Um dos guitarristas que mais gosto pois utiliza a guitarra com maestria em termos de composição e arranjo. Sabe fazer bases como poucos...

    Abraço

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  2. realmente, mas é uma pena q a banda não durou...

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  3. Comecei a ouvir Smiths há pouco tempo, mas adoro já sou fã! :)
    Ótima banda!

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