Aqualung - Jethro Tull

Por Marcelo Oliveira

Um conceito que frequentemente reafirmo é o de que uma das maiores forças do Rock está no respeito e no apego às suas raízes, representadas por grandes ícones. E um destes grandes ícones começou sua história em 1967, em Blackpool, Inglaterra, recebendo vários nomes até chegar ao definitivo: Jethro Tull.

Esta lendária banda, que originalmente tocava Blues Rock, conquistou seu espaço e todo reconhecimento pela capacidade de experimentação. Não somente pela inusitada flauta de seu líder, Ian Anderson, mas também pelos passeios através do clássico, do folk e do jazz. E um exemplo bastante maduro desta experimentação está no quarto disco da Banda: Aqualung.

Dificilmente alguém fica indiferente ao ouvir Aqualung. Este disco conquistou corações e despertou ódio com a mesma intensidade. Lançado em 1971, o disco, no meu entender, apresenta uma banda segura de ter encontrado seu caminho. E é justamente por isso que discordo daqueles que classificam Aqualung como um álbum conceitual. Ele não é simplesmente uma tentativa, mas é justamente o amadurecimento das experiências anteriores e o anúncio daquilo que estaria por vir. Ou seja, em Aqualung o Jethro Tull não experimentou um novo caminho, mas sim afirmou que seu caminho seria a experimentação.

Aqualung é uma obra prima do começo ao fim. Suas músicas representam um modo de fazer Rock que deixou profundas marcas e que reverbera nos mais diferentes estilos posteriores. 

Faixas:

1. "Aqualung" - 6:31
2. "Cross-Eyed Mary" - 4:06
3. "Cheap Day Return" - 1:21
4. "Mother Goose" - 3:51
5. "Wond'ring Aloud" - 1:53
6. "Up To Me" - 3:14
7. "My God" - 7:08
8. "Hymn 43" - 3:14
9. "Slipstream" - 1:13
10. "Locomotive Breath" - 4:23
11. "Wind Up" - 6:01

Músicos:

Ian Anderson - vocais, violão, flauta

Martin Barre - guitarra

John Evan - piano, órgão, mellotron

Jeffrey Hammond-Hammond - baixo, vocais

Clive Bunker - bateria, percussão

Produção:

Ian Anderson e Terry Ellis

Grande abraço!

Marcelo Oliveira