Texto adaptado de: Ultimate Classic Rock
Lou Reed e Metallica deveriam saber que o seu novo álbum, intencionalmente difícil, 'Lulu' iria causar uma grande margem de resposta crítica, mas acho que até essas lendas casca-grossas da música ficariam um pouco surpresas pelo veneno que está sendo jogado em sua direção por vários revisores de álbuns pelo mundo.
Vejamos algumas das críticas mais escrachadas de 'Lulu'. Você pode clicar no nome da publicação para ver a crítica inteira (em inglês).
"Falharam? Sim. Feio? Nem sempre. Esse tipo de falha é uma falha tão mítica, gloriosa, supernova, que é válido ouvi-la ocorrer. Depois do tempo do artista acabar, o que sobra são poucas coisas boas, realçadas como lascas de ouro num saco de pênis coloridos descartados, absorventes usados, e sêmen seco. Ah, não estava pronto para isso? Que pena. Nem eu quando ouvi essas linhas em 'Lulu'. Ajeite-se"
"Infelizmente, até nesses momentos onde parece que o projeto vai levantar vôo, eles ainda são meramente menos desconfortáveis que as muito, muito desapontantes escolhas musicais ruins feitas aqui. Qualquer esperança ganha por 2 faixas mencionadas aqui é rapidamente dissolvida por 'Frustration', que retorna à combinação infeliz de heavy metal e palavras faladas. Para piorar, inclui também uma seção com nada além de Reed e a bateria de Lars Ulrich, em algo que lembra perigosamente 'Jazz Oddysey'".
"Por mais tempo em que esse álbum se arrasta, mais largas e visíveis são as suas muitas, muitas (muitas) falhas. Em nenhum ponto Lou Reed fica em sincronia com Metallica. James Hetfield e seu repertório cômico de "hey-yeah-hair!" permanece nulo, ao seu melhor oferecendo imitações dignas de pena de Lou Reed, e ao seu pior sendo deixado como a linha muito parodiada de 'The View', "I AM THE TABLE!". Lars Ulrich consegue até o quase impossível de deixar seu stickwork parecer até mais preguiçoso que antes, apesar das muitas ferramentas de estúdio certamente usadas para melhorá-lo".
"Imagine 'Iron Man' sendo tocado de trás pra frente devagar enquanto seu tio molestador fala sobre sexo estranho com sua ex, e você tem uma boa ideia do que está ocorrendo aqui."
"Raramente um álbum induziu tais sentimentos de raiva e reviravolta interna. Essa não é a decadência de cortar fora algumas linhas, colocar grampos nos mamilos e beijar botas de couro, mas um exercício da pior forma de auto indulgência. A existência de 'Lulu' é ofensiva ao extremo. Não por causa de suas sensibilidades ou afins, mas porque gasta muito da mais preciosa comodidade da vida: tempo. Nós temos um período muito curto nesse planeta, e 'Lulu' se estende por 95 - sim, 95! - tediosos e excruciantes minutos simlesmente gastando tempo que poderia ser usado mais construtivamente vendo a grama crescer ou talvez se masturbando com uma meia."
(Imaginando se o gerenciamento de Metallica tinha tentado impedir 'Lulu'): "'Se vocês passarem 2 meses escrevendo músicas super rápidas sobre o inverno nuclear e mudança de formas, podemos ganhar $752 milhões em 18 meses, mais o merchandising. Essa é a opção A. A altenativa é que vocês podem fazer um CD ponderoso e quase irônico sobre 'o léxico do ódio' que irá enfurecer o Village Voice e levemente impressionar Laurie Anderson. Vocês decidem.' Dez minutos depois, Bob Rock estaria estacionando seu Lexus no estúdio."
"Houve um ponto em que algum dos envolvidos pensou que o que estavam criando não era 100% aceitável? Quando Reed apresentou ao Metallica letras musicais repleta de versos sobre "engolir pênis de homens coloridos" e "sou uma mulher que gosta de homens" ninguém pensou em dizer "Hey, Lou... Pare com isso." Quando um grupo como Metallica com anos de experiência e um número de discos clássicos com seu nome gravou um pouco mais que jams incompletos e riffs repetitivos aonde estavam os envolvidos com o controle de qualidade? Porque Lars Ulrich foi autorizado à fazer padrões de bateria que fazem AC/DC parecer com Dream Theater?"
"O padrão musical moderno promete algumas coisas, e graças à projetos como esse, podemos sempre esperar que grupos renomados e super famosos façam algo tão comicamente ruim que faz as massas rirem em uníssono. Então, obrigado Metallica. E obrigado Lou Reed. Ah, e fodam-se vocês dois."
"'Use a knife on me! Blood spurting from me!' Reed coaxa. E, realmente, coaxar é uma das maneiras mais gentis de descrever a bagunça mal discernível de letras metidas à dark e mórbidas imagens verbais que mal se conectam à música de qualquer forma"
Agora, ouçam uma das músicas do novo álbum e tirem suas próprias coclusões.
Salve o Rock! João Victor @JaoJacob