quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Floodando com o Rock in Rio

Por Roberta Grassi


Não é preciso ser nenhum profeta para prever que se o mundo acabar, o Apocalipse será twittado e facebookado. E a ironia neste caso é que não vai sobrar ninguém pra dar um RT ou clicar no “curtiu”, mas acho que nem isso vai impedir os internautas ao redor do globo de floodarem as timelines com cada detalhe e comentários sobre o fim do mundo.

Piadas mórbidas e sem graça à parte, é estranho pensar sobre isso. Estranho como os avanços tecnológicos, as redes sociais e todas as tralhas deste gênero mudaram nossa maneira de ver e reagir a eventos extremos.

E como o mundo ainda não acabou e nós ainda não presenciamos a chegada dos Cavaleiros do (Zodíaco) Apocalipse, me resta falar sobre o Rock in Rio.

Se você não vive isolado numa caverna ou está trancafiado num bunker há três décadas, então você sabe o que é Rock in Rio e sabe também que na última sexta-feira a Cidade do Rock voltou a ser habitada por gente (pelo menos em sua maioria).

Antes mesmo da abertura do festival e do Milton Nascimento fazer aquilo (sem comentários) com a Love of My Life do Queen, o Rock in Rio já começava a dominar as redes sociais com atualizações do pessoal que deixava suas localidades a caminho da Cidade do Rock. Diferente de 2001, quando a coisa mais moderna que você podia fazer era gravar os shows em fitas VHS, cada segundo do Rock in Rio pôde ser visto pela internet, e cada um destes segundos foi comentado e discutido por gente do país inteiro. Com o andar da carruagem o povo foi se empolgando e a Claudia Leite virou farofa de tanto que detonaram a criatura. Quando o Rock’n’roll finalmente decretou seu domínio sobre a Cidade do Rock o Rock in Rio não só dominou as timelines como também o TT’s. Cada música, problemas técnicos, erros e acertos do festival, tudo foi twittado e facebookado. E se você não viu está tudo lá no Youtube, a um clique de você.

E isso porque este foi só o primeiro final de semana do festival.

Como disse antes, é estranho pensar em como a internet mudou nossa maneira de interagir com o mundo. Apesar de mais distantes estamos mais presente. E é óbvio que toda a reação nas redes sociais e vídeo no Youtube não substituem a experiência de estar lá e ver os shows ao vivo, mas para quem não pôde pisar na Cidade do Rock a internet fez toda a diferença.

E mais estranho do que tudo isso é pensar que do último Rock in Rio, em 2001, para cá nós vivemos uma revolução em nossas vidas, e a gente nem percebeu.


Até o próximo post

@robertagrassi



2 comentários:

  1. bom, essa mudança eu senti na pele...
    naquela época, era tudo na raça, s/ internet banda larga.
    mas tem um tempinho q o evento não leva a sério seu proprio nome. acho q nem eu... mas ainda tem banda muito boa por lá, mas nenhuma desde 2001 q eu me arrependa de perder...

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  2. Cara, eu gravei o Rock in Rio de 2001 em fitas vhs, e nem acredito na facilidade dessa edição com a internet! Pena o festival não ter mais personalidade como nas primeiras edições!

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