Quem escreve sabe que mais difícil do que escrever é ter uma ideia sobre o que escrever, e que às vezes essa ideia para escrever vem nas horas mais improváveis.

E desde 1988 esta é a trilha sonora perfeita para aqueles que estão com a cabeça à beira de um colapso. E em dois destes momentos em que a música serviu de trilha sonora para a insanidade as palavras de Frank Black foram tão bem usadas que chegaram a quase figurar um hino à demência: em 1999 no final do filme Clube da Luta e este ano no filme Sucker Punch – Mundo Surreal.
Se você não assistiu Clube da Luta, assista. E se você não leu o livro de Chuck Palahniuk no qual o filme foi baseado, então leia, porque mais do que violência gratuita a história de Clube da Luta está abarrotada de filosofia, existencialismo e reflexões das quais insistimos em fugir.
Depois de quase 140 minutos de niilismo e do abdômen definido do Brad Pitt, David Fincher nos presenteia com a cena final quando o personagem de Edward Norton, depois de se confrontar-se com Tyler Durden (não, a gramática da frase tá certa, se você assistiu o filme sabe que “se confrontou-se” neste caso existe), diz à Marla Singer que vai ficar tudo bem e, ao som da versão de Placebo para Where Is My Mind, segura sua mão e assiste a destruição de um centro financeiro.
Depois de quase 140 minutos de niilismo e do abdômen definido do Brad Pitt, David Fincher nos presenteia com a cena final quando o personagem de Edward Norton, depois de se confrontar-se com Tyler Durden (não, a gramática da frase tá certa, se você assistiu o filme sabe que “se confrontou-se” neste caso existe), diz à Marla Singer que vai ficar tudo bem e, ao som da versão de Placebo para Where Is My Mind, segura sua mão e assiste a destruição de um centro financeiro.
Eu não tenho palavras educadas para dizer o quão foda é esta cena, então tá aí o vídeo que vai falar por si só.
E este ano mais uma vez o cinema provou que violência, explosões e filosofia (mesmo que seja barata) se misturam tão bem quanto vodka e... quase tudo.
Logo de cara Sucker Punch mostrou que trazia armamento pesado – você tem que dar crédito para um filme que tem Led Zepplin logo no trailer.
Eu fui no cinema assistir Sucker Punch e no meio do filme minha irmã me chamou e perguntou se eu tinha reconhecido a música. Demorou alguns segundos para meu cérebro ligar os pontos, a versão de Yoav e da atriz Emily Browning (que vive a protagonista do filme) é bem diferente da original, dando um quê de onírico à desorientação de Where Is My Mind.
Como a ode à loucura não é exclusividade do cinema, incontáveis bandas se deram o direito de fazer sua versão de Where Is My Mind: a já citada Placebo, Nada Surf, Kings of Leon, James Blunt (que eu achei que só sabia cantar "You're Beautiful”), a cantora M.I.A. e a lista se estende um pouco mais. Mas nenhuma das versões da música foi tão inusitada quanto um mashup com a "Blowin in the Wind" do Bob Dylan batizada de "Blowin' in My Mind".
Até o próximo post
@robertagrassi
http://esquizofreniacoletiva.blogspot.com
"Clube da Luta" é ótimo, vale a pena assistir. Final surpreendente.
ResponderExcluir@MarcoAMartire
Uau... Já tinha visto algumas fotos do filme Sucker Punch, e estava morta de vontade de ver, depois deste trailer então. Amo filmes assim. Clube da Luta ainda não vi e também entrou pra minha lista. E bom a música nem preciso dizer que curti muito, é ótima. Valeu... ;)
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