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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Uma História Com O Rock

Rafael Takamoto


Dia desses eu  me peguei pensando em quando foi que comecei a gostar de rock. Lembro muito claramente da minha infância ouvindo Yes, The Beatles, Black Sabbath, Deep Purple, Elvis e por aí vai. Isso veio como enxurrada, meu pai era fanático por rock, mesmo que eu não soubesse o que era, eu estava ouvindo. 

Enfim, os anos foram passando e fui descobrindo os nomes das bandas, já sabia colocar os LP's na vitrola (sim, faz muito tempo), mas ainda não sabia escolher, ia pelas capas, mal sabia que tinha em mãos álbuns do Peter Frampton, mas ouvia direto Breaking All The Rules. Ou quando não era isso, ouvia outro do Johnny Rivers, uma coletânea ao vivo, muito boa. E dessa forma também ouvia muito Elvis, tanto que anos depois fui escutar Unchained Melody e mal reconheci por ser uma versão do Righteous Brothers.

E hoje estou escrevendo aqui não para apresentar uma das milhares de bandas que eu gosto, mas apenas uma história de como se começa a gostar de alguma coisa.

Continuando, eram muitos vinis aqui em casa, tinha até aquelas coletâneas dos Beatles que eles estavam num prédio olhando para baixo, não sei dizer o porquê, mas eu tinha medo daquela capa, eu achava que se olhasse daquela forma para baixo poderia cair lá de cima. Ainda bem que a gente cresce.

Lembro que toda semana meu pai e eu assistíamos programas musicais de sábado, e domingos à noite (isso se eu tivesse feito a lição de casa antes), e, com isso fui começando a desenvolver uma paixão que não sabia explicar pelo rock, acho que o dia fatídico, foi quando vi o clip original do Stepenwolf, Born To Be Wild, meu pai falou da banda com tanto entusiasmo e de como era quando ele ouvia Rock e todos achavam estranho na época por uma coisa nova, diferente, aquilo não saia da minha cabeça, eu tinha descoberto o que eu queria ouvir, o que eu gostava.

Depois que a gente cresce um pouco, já sabe fazer melhor algumas escolhas, foi quando comecei a procurar por conta própria algumas outras bandas, na escola, através de um amigo, que por influência do pai também gostava de Jazz, foi a minha nova descoberta, parecia um mundo novo, logo em seguida, num sentido quase que extramente oposto, descobri o Reggae... e assim foi indo por muitos e muitos anos. Hoje em dia há muita coisa que eu ouço de vários estilos, mas o rock, é algo que foi crescendo comigo, tanto que o 1º show que eu fui, Midnight Oil, foi com meu pai que também era fã, fomos a vários shows juntos e perdemos vários shows também, mas era engraçado que ouvíamos quase as mesmas músicas e as mesmas rádios, mas com algumas poucas diferenças, depois de um tempo, meu pai ficou viciado em Metallica, eu ouvia a banda todo dia, da hora que acordava até a hora que ia dormir, depois foi a fase Megadeth e Slayer...

Não tive como não gostar também, admito que foi quase uma lavagem cerebral para escutar todas essas bandas que num passado distante eu considerava o som "pesado demais", mas foi muito bom aprender sobre isso. Foram mais bandas para as milheres que sempre ouço.

Enfim, este texto hoje, é mais para agradecer ao meu pai que lá de cima deve tá muito bravo por ter perdido a noite do metal no Rock in Rio e o Evanescence que foi uma das últimas bandas que ele conheceu e gostou. Até hoje tenho a imagem do meu pai tocando violão ou teclado, me pedindo para acompanhar ele tocando baixo para aprendermos todas as músicas de bandas que gostávamos. Então, muito obrigado pai por me mostrar ainda criança o mundo do rock'n'roll!!!




Rafael Takamoto
http://esquizofreniacoletiva.blogspot.com/


7 comentários:

  1. Caramba! Eu lembro da minha mãe comprando um DVD de ROCK! Só tinha clássicos! Adivinha o primeiro clip! Sweet Child O' Mine - Guns N' Roses! Eu me hipnotizei com o Slash tocando aquela Les Paul!

    @IgorDig

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  2. Acredite quando li o seu texto quase chorei. Voltei ao passado, a minha infância e adolescência, quando eu já era apaixonada pela música. Isso nasceu comigo, meu maior sonho era aprender a tocar guitarra, piano e violão, na verdade ainda é, o violão to aprendendo e espero conseguir chegar nos outros, rs. Meu pai também é fanático por rock, e eu me lembro dele ouvindo os clássicos e de como eu gostava. Mas pelos caminhos da vida acabei conhecendo outras pessoas que curtiam outros estilos, porém apesar de ouvir também eu não sentia a emoção forte e verdadeira que o rock foi capaz de me fazer sentir. Me lembro bem do dia em que isso aconteceu, e por incrível que pareça foi com uma música do Evanescence, Bring me to life. Comprei o cd por um acaso, nele também tinha outras músicas boas, mas a do Evanescence marcou mais não sei porque motivo. Depois disso nunca mais ouvi outros estilos. Amo o rock, respeito os outros estilos e os gostos de cada um mas num deixo de dar meus pitacos e apresentar o rock a essas pessoas, vai que elas gostam. rs... abços

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  3. não imaginei q renderiam comentarios assim... vim p/ agradecer vcs e à equipe toda aqui do SRC, por estarmos fazendo um trabalho como esse p/ vcs q nos acompanham...
    té maaaaais...

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  4. Eu conhecia a história, mas não os detalhes.
    Muito legal o texto, Rafa.

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  5. Hehe meu primeiro CD de rock foi um do Bon Jovi ao vivo piratão muito bom...

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  6. pô... 1º cd... ahhhhh Nenhum de Nós - Ao Vivo Theatro São Pedro...

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